quarta-feira, 16 de março de 2005

Vão ser seis semanas de duras críticas à forma como os EUA têm conduzido a sua "luta contra o terrorismo". Em Genebra, 3000 representantes governamentais, ONG's e outras organizações, de um total de 53 países, estão reunidos na Comissão da ONU para os Direitos Humanos. Em cima da mesa as questões de sempre, a começar pelo questionamento da credibilidade e aceitação internacional da própria comissão. Citadas pelo jornal Público, a Human Rights Watch e a Amnistia Internacional "estimam que metade dos membros desacreditam a instituição".
Não importa se são os EUA os maiores violadores dos direitos do homem ou não (a intervenção dos russos na Tchetchénia não será certamente desvalorizada), a questão é mais a de já se saber de antemão qual a reacção americana, independentemente das resoluções de condenação votadas. À semelhança de outras decisões adoptadas pela comunidade internacional e ignoradas pela administração americana, também desta vez a resposta será certamente arrogante, egoísta e irresponsável. Os jogos de cinismo já começaram, com os homens do presidente a apontarem defeitos à constituição da comissão, da qual China e Cuba fazem parte. Activistas, que a força esteja convosco!

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