sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

PRÉMIOS GUME DE FACA 2005

Por esta altura, surgem por todo o lado listas com as escolhas para os melhores discos do ano. Não é disso que se trata aqui. Os prémios do Gume não respeitam nenhum critério rigido nem sequer são para levar muito a sério, é apenas uma maneira diferente de fazer o balanço de 2005. Posto isto, aqui estão os felizes contemplados:

Prémio Festa do Ano - BLOC PARTY

Prémio Van Gogh - ANDREW BIRD

Prémio Crescei e Multiplicai-vos - FRANZ FERDINAND

Prémio Hemorragia - RYAN ADAMS

Prémio O Toque de Midas - KANYE WEST
Prémio Quero Um Nobel Só Para Mim - BONO VOX

Prémio Produtividade - CANADÁ

Prémio A Qualidade Não Tem Preço Mas Tem Prize - ANTONY


Prémio Melhor Vizinhança- THE ARCADE FIRE

Prémio Quietinho É Que Tu Estavas Bem - MIGUEL ÂNGELO

Prémio Grandessíssimos Filhos Da Mãe - SONY BMG

Prémio Ovação - CLAP YOUR HANDS SAY YEAH

Prémio Gato Por Lebre - JAMIE CULLUM

Prémio Queremos Mais Um - RUFUS WAINWRIGHT

terça-feira, 27 de dezembro de 2005

CLAP YOUR HANDS SAY YEAH

Bem-vindos à nossa habitual rubrica "Este disco é tão, tão bom que me viciou completamente". O Gume ouviu os Clap Your Hands Say Yeah numa sessão exclusiva e agora partilha com o mundo essa arrasadora actuação.


The skin of my yellow country teeth (ao vivo no leitor do Gume)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005


Em 29, editado este mês, Ryan Adams distancia-se claramente do country de Cold Roses e Jacksonville City Nights, editados em Maio e Setembro de 2005 respectivamente. Agora, sem a ajuda dos Cardinals, Ryan Adams pegou na viola e compôs um disco mais intimista. Uma viagem desde os 20 até aos 29 anos de idade do músico, hoje com 31. “Corações vazios, momentos vazios”, é assim que Adams descreve essa fase da sua vida. As músicas transbordam desilusão num retrato que chega a ser de um percurso de vida quase trágico.
Mais um registo de um músico extraordináriamente prolífico que pode muito bem ser o prenúncio de uma viragem significativa no estilo e na forma de Ryan Adams fazer música.

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

SUPERNADA (ou o Manel Cruz a fazer das suas)

Manel Cruz na voz, Eurico Amorim nas teclas, Ruca (baterista dos Pluto) na guitarra, Miguel Ramos no baixo e Xico na bateria. Senhoras e senhores: os Supernada.

Já se sabe que qualquer coisa que Manel Cruz decida fazer vai ter sempre uma legião dedicada de fãs que o vai seguir para todo o lado, com os Supernada não é diferente. O cheirinho a rock-funk, a meio caminho entre Ornatos Violeta e Pluto faz as delícias dos admiradores, que perante a ausência de um disco gravado encontram na Internet as músicas da banda. Na rede circula o concerto no Santiago Alquimista (com o rótulo de masterizado) e outro no Hardclub. Os próprios Supernada já confessaram que também sacam da world wide web as suas músicas e fotografias (http://cotonete.clix.pt).

Ao que parece a banda não pensa ainda em gravar um disco, preferindo continuar com as actuações ao vivo. Pode ser que os palcos deêm às músicas a força e o encanto dos saudosos Ornatos!


Supernada - Sonho de Pedra (ao vivo no Santiago Alquimista, 2005)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

CARTA AO PAI NATAL, POR AVELINO FERREIRA TORRES

Querido Pai Natal, dizem que o Natal é quando um homem quiser, comigo não foi bem assim. Eu sei que não me portei lá muito bem, mas fiz de tudo para me redimir, até fui mestre de obras num programa de televisão. A verdade é que, por altura das eleições autárquicas, não me apareceu Amarante debaixo da árvore, o que é injusto porque fiz um trabalho muito sério. Se calhar não sabes onde moro. Por isso, gostava que me desses o novo cd da Enya neste Natal, para eu poder usar o Amarantine como e quando bem entender. Desta vez não tens desculpa porque ficas, desde já, a saber que a minha casa fica na Rua Avelino Ferreira Torres, logo depois do Estádio Avelino Ferreira Torres, que fica no fundo de uma Avenida que se chama Avenida Avelino Ferreira Torres.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

(QUASE) DUETOS IMPREVISTOS


Nos anos 90 Rufus Wainwright fez chegar as suas músicas ao Sin-é, o mítico bar nova-iorquino, na esperança de lá poder tocar. Diz-se que não o conseguiu porque Jeff Buckley ganhou a corrida. Não sei até que ponto tudo isto é verdade, apenas sei que qualquer um deles teria sido uma aposta ganha, embora a escolha acabasse por ser a mais acertada. No Sin-é Jeff Buckley mostrou-se e partiu para uma tragicamente curta mas brilhante carreira, que o elevou ao estatuto de mito dos anos 90. Da sua discografia fazem parte algumas gravações feitas naquele exíguo espaço. Por seu lado, Rufus também não terá razões de queixa pois não precisou do Sin-é para alcançar o estatuto que actualmente tem.

Rufus é hoje um admirador confesso de Jeff (ainda chegaram a conhecer-se pouco antes do falecimento do autor de Grace) e para que não restassem dúvidas de que não guarda rancor por este lhe ter "roubado" umas actuações no Sin-é dedica-lhe o belíssimo Memphis Skyline, no aclamado longa-duração Want Two. Mas já vem de trás a ligação entre os dois, pelo menos um indicador de referências comuns. É em jeito de tributo a ambos que o Gume deixa aqui duas interpretações de Hallelujah, da autoria de Leonard Cohen. Jeff Buckley incluiu a sua no único disco que lançou, Grace, e Rufus deu voz ao tema na banda sonora de Shrek em 2001.

Jeff Buckley - Hallelujah (Grace, 1994)

Rufus Wainwright - Hallelujah (Shrek OST, 2001)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

QUE BELO MOMENTO!

Quem não se lembra da célebre assistência de Carlos Secretário para o golo do Matador Acosta? Foi no ano 2000 e jogava-se a final da Taça de Portugal no Jamor. Hoje as circunstâncias são outras e os protagonistas mudaram quase todos. Só fora das quatro linhas é que tudo permanece na mesma: a mesma rivalidade, a mesma paixão e a mesma vontade de ganhar. Eu vou estar no Dragão acompanhado de grandes sportinguistas e, mais ao longe, de um daqueles andrades sem emenda, a aproveitar o bilhete que recebi como prenda de aniversário. Pelo menos, entre nós, só regressa a casa um adepto triste. O problema é que é ele quem vai conduzir e psicológicamente abalado nunca se sabe do que poderá fazer a tão ilustre lagartagem!