sexta-feira, 8 de outubro de 2004

Combater o estereótipo


É um facto que muitas bandas, depois de um primeiro álbum de sucesso, acusam a pressão das expectativas e, na tentativa de fazer um segundo disco mais maduro - como reflexo da evolução -, acabam por produzir um som mais distante e sombrio. À partida tudo bem... mas e se não é isso que torna a sua música apelativa e contagiante?
Antics, o segundo dos nova-iorquinos Interpol, é um pouco assim. Não, não é uma desilusão. Longe disso! É antes o resultado de uma fuga (conseguida?) ao estigma Joy Division. O produto final não deixa de ser bom. Evil e Slow Hands são grandes canções no novo rumo dos Interpol. No disco cada faixa respira uma personalidade diferente e torna-se difícil encontrar um fio condutor que permita identificar Antics como um todo. Como pequenos fragmentos aleatórios de filmes distintos unidos numa mesma fita, as músicas do álbum só partilham, de facto, o espaço no mesmo cd.


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