Tivesse começado como acabou e os menos atentos saberiam o que os esperava: Antony é um músico de canções tristes. Ao regressar para o segundo encore lamenta não ter um tema alegre para oferecer ao público que enchia a Sala 1 da Casa da Música. O músico das "sad songs" ia terminar com River of Sorrow. E como a tristeza consegue ser bela, como consegue provocar um sorriso constante!
No seu jeito tímido mas absolutamente demolidor, Antony deu um concerto notável. Mais de uma hora e meia de espectáculo para passar pelos dois albúms e pelos temas do EP The Lake e I Fell in Love With a Dead Boy.
A noite foi de um brilhantismo minimalista e, sem bateria ou instrumentos de sopro, o som do piano, do baixo, da viola, dos dois violinos e do contrabaixo foi sublime a encher a sala de um ambiente genuinamente comovedor. Os dedilhados na viola substituiram muitas vezes os arranjos e as orquestrações mais complexas dos temas de Antony de forma simples mas extremamente eficaz.
"I always suck as a crowd pleasure", disse Antony. Não podia estar mais errado. Mostrou-se hábil no diálogo e interaccção com o público, disse-se deslumbrado pela cidade, elogiou a sala e pôs toda a gente a bater palmas e a cantar. Num exercício que poderia muito bem ser um teste à acústica fantástica do espaço, pediu um murmúrio que se soltou e nos fez sentir dentro de um instrumento musical, a voz de Antony deslizava sobreposta.
Hoje é na Casa das Artes, em Famalicão, e amanhã na Aula Magna, em Lisboa.
No seu jeito tímido mas absolutamente demolidor, Antony deu um concerto notável. Mais de uma hora e meia de espectáculo para passar pelos dois albúms e pelos temas do EP The Lake e I Fell in Love With a Dead Boy.
A noite foi de um brilhantismo minimalista e, sem bateria ou instrumentos de sopro, o som do piano, do baixo, da viola, dos dois violinos e do contrabaixo foi sublime a encher a sala de um ambiente genuinamente comovedor. Os dedilhados na viola substituiram muitas vezes os arranjos e as orquestrações mais complexas dos temas de Antony de forma simples mas extremamente eficaz.
"I always suck as a crowd pleasure", disse Antony. Não podia estar mais errado. Mostrou-se hábil no diálogo e interaccção com o público, disse-se deslumbrado pela cidade, elogiou a sala e pôs toda a gente a bater palmas e a cantar. Num exercício que poderia muito bem ser um teste à acústica fantástica do espaço, pediu um murmúrio que se soltou e nos fez sentir dentro de um instrumento musical, a voz de Antony deslizava sobreposta.
Hoje é na Casa das Artes, em Famalicão, e amanhã na Aula Magna, em Lisboa.
Sem comentários:
Enviar um comentário