sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

Feliz Natal

"Tratas muito da fachada, por dentro não tratas nada" - Não me consumas, António Variações

segunda-feira, 13 de dezembro de 2004

GERTRUD, de Hermann Hesse

O trajecto de um jovem para quem a vida só faz sentido quando vivida com música. É provável que muita gente, como eu, se identifique, pelo menos em parte, com esta criacção de Hesse. Até uma certa idade não pensou sequer em tocar um qualquer instrumento ou em fazer da música o seu projecto de vida, Kuhn tinha apenas uma certeza: a música era parte indespensável da sua vida. Um aparatoso acidente, que o deixa debilitado para o resto da vida, marca o início de um caminho de sofrimento mas, ao mesmo tempo, projecta na personagem a capacidade de diálogo interior, sempre angustiante, que lhe permite criar com brilhantismo diversas composições clássicas. Só na criação encontra a alegria, o extâse e quando conhece Gertrud, a personagem que dá nome à obra, esse acto criativo torna-se ainda mais apaixonante. De tal modo que a ideia de não ter as duas paixões plenamente suas o levam a pensar no suicídio. A beleza da escrita do Nobel da Literatura em 1946 é aterradora, a obra é incontornável.


terça-feira, 30 de novembro de 2004

Esta quarta-feira, às 11 da noite, a RTP passa o filme As Horas. Uma oportunidade para ver, ou rever, a obra-prima de Stephen Daldry, nem que seja para se deixar envolver por um punhado de grandes interpretações. É um lugar comum mas o elenco é de luxo: Nicole Kidman, Julianne Moore, Meryl Streep e Ed harris. Os nomes elevam as expectativas e elas não se confirmam, excedem-se. Três vidas aparentemente diferentes, cada uma na sua época, que se interligam de forma brilhante e surpreendente. O raccord nunca é quebrado, a continuidade temporal entre 1920 e a actualidade é sustentada por Mrs Dalloway, um livro de Virginia Wolf, aqui representada por uma quase irreconhecível Nicole Kidman.
Não me lembro de ver Meryl Streep tão bem num filme. Acho memorável a cena na cozinha do seu apartamento em que, numa agonia profunda, vai deixando deslizar os ovos por entre os seus dedos. Genial.

segunda-feira, 29 de novembro de 2004

De momento:


quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Joanna Newsom, californiana. Biografia telegráfica de uma voz que encanta. Doce, irreverente, reguila, sensual mas com a inocência de uma criança. A acompanhar... uma harpa, instrumento de pura aura celeste. Falo de The Milk-Eyed Mender. Ouvi e deslumbrei-me e o melhor é que ao fim de tantas vezes o deslumbramento continua. Quem já por aqui passou certamente adivinha em mim uma especial predilecção por vozes femininas e Joanna Newsom será só mais uma. Olhem que não é tanto assim. Se as acho merecedoras de destaque é porque realmente valem a pena. Na verdade as minhas vozes preferidas saem da alma de umas poucas figuras masculinas. Este é mesmo para ser ouvido.

segunda-feira, 15 de novembro de 2004

Anjos malvados

Não me canso de ouvir Terrible Angels, a música que abre La Maison de Mon Rêve das CocoRosie. Quatro minutos e dez segundos simplesmente deslumbrantes. Um primeiro aviso para o deslumbramento que se confirma e estende nas restantes 11 faixas do disco. A beleza de La Maison de Mon Rêve reside na aparente simplicidade das suas formas mas essa harmonia é conseguida à custa de um, não tão evidente, cuidado trabalho de composição. Este registo é essencialmente isso, belo e simples. E há alguma coisa que dê mais satisfação do que ouvir algo assim?

quinta-feira, 11 de novembro de 2004

Há muito tempo atrás, numa galáxia distante

Milk Man é um disco delicioso, delirantemente delicioso. Os Deerhoof apresentam um registo cheio de experimentações: melodias inspiradas, teclados épicos e delirantes, electrónica que parece saída de um qualquer jogo de video, acordes irrequietos, solos contagiantes e uma voz aguda, por vezes em jeito de murmúrio, noutras fases a explodir de alegria, mas sempre meiga e harmoniosa. O resultado de tanto delírio criativo? Um disco viciante, uma viagem em cada audição. Um todo bem disposto e dançável (leram bem) onde em cada esquina transparece um turbilhão de ideias que de futuro vão, de certeza, desenvolver. Temas como Giga Dance, Rainbow Silhouette of the Milky Rain, Milking ou That Big Orange Sun Run Over Speed Light não saem mais da cabeça depois de ouvidos umas duas ou três vezes. Fica aqui o conselho para quem procura algo refrescante para desenjoar.

terça-feira, 9 de novembro de 2004

CONTRASTES

Um dia de sol:
The killers - smile like you mean it
Franz Ferdinand - this fire
Feist - mushaboom
The Hives - walk idiot walk
Pluto - só mais um começo
The Libertines - last post on the bugle
Blues Explosion - crunchy
Deerhoof - giga dance

Um dia cinzento:
The Thrills - not for all the love in the world
CocoRosie - terrible angels
Devendra Banhart - we all know
Kings of Convenience - the build up
The Blue Nile - she saw the world
Joanna Newsom - bridges and balloons
Jeff Buckley - forget her
The Icarus Line - getting bright at night

quinta-feira, 4 de novembro de 2004

Esta voz não me é estranha...

E quando uma voz nos faz sorrir do princípio ao fim de um disco? Leslie Feist consegue-o em Let it Die. Não é uma desconhecida (Broken Social Scene) mas não deixa de ser uma grande revelação. Num disco cheio de coisas diferentes é ela que lhe dá consistência, charme e brilho. Nele podemos ouvir pop, soul e jazz, tudo de muito bom gosto. Mushaboom é uma pérola. Uma canção no verdadeiro sentido da palavra, embalada pelo ritmo das palmas, que num exercício de puro deleite nos levam, sem quebras, até ao fim, sem desiludir. Para mim Feist é uma das vozes do ano. Obrigado Joana.

terça-feira, 26 de outubro de 2004

Um dos grandes palcos do mundo por 80 mil euros

Talentos desconhecidos, músicos incompreendidos, artistas no underground: o Royal Albert Hall pode ser vosso por um dia! Só precisam de juntar 55,000 libras ou, para se entender melhor, 80,000 euros.
Foi o que fez Dave Loew, um violoncelista desconhecido de 55 anos. Já tocou na London Symphony Orchestra e na Royal Philarmonic e agora quer juntar uma orquestra de 30 músicos para um concerto no mítico palco de Londres.
O reportório do senhor Loew é vasto e curioso. Toca Vivaldi, Granados e ainda Beach Boys e Elvis Presley. Isso mesmo, um clássico bem eclético.
Não vai ser uma estreia, Dave Loew já pisou o Royal Albert em 1970. O violoncelista gaba-se de já ter vendido 100 mil CD's em todo o mundo, o que deve ser levado a sério a julgar pelas participações nas orquestras acima referidas.
Agora resta esperar que 3900 pessoas arrisquem a compra de um bilhete para o espectáculo de um anónimo.Saibam mais aqui.


sábado, 23 de outubro de 2004

Há filmes que nunca serão esquecidos e Apocalypse Now é um deles, obviamente. E não sou preciso para o lembrar. Podia perder horas só a mencionar cenas que, pela sua genialidade, fazem da obra de Francis Ford Coppola um marco incontornável na história do cinema. Mas há uma em particular que me leva a recordar aqui o filme: a primeira. "This is the end, beautiful friend. This is the end, my only friend, the end". Pautada de uma forma arrepiante pelo tema dos Doors, toda aquela sequência de imagens, que se interceptam sempre no momento exacto, tem um efeito inebriante. Bastam os primeiros segundos de filme para perceber que se está perante algo de muito grande. O espanto é tanto que dá vontade de a repetir vezes sem conta, tal é o gozo de entrar na mente daquele capitão com as chagas da guerra em carne viva. Ali, dá-se o mergulho profundo nas águas daquele rio maldito. Para nunca mais emergir.

quinta-feira, 21 de outubro de 2004

Por uma questão de honestidade não vou sequer ousar fazer uma apreciação reflectida sobre o álbum Bom Dia dos Pluto. E não a faço porque não consigo criar o distanciamento necessário. Posso é adiantar - a quem ainda não ganhou juízo e,por isso, não comprou o cd - que o disco é fenomenal! Saquem, peçam emprestado, comprem, qualquer coisa... mas não se privem de algo tão inspirador. É tudo o que vejo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2004

É hoje!

quinta-feira, 14 de outubro de 2004

Porque às vezes as traduções não deixam transparecer as reais intenções da fala eu prefiro não traduzir. George Bush, o pai, apelidou Michael Moore de "total ass, slimeball". O comentário vem a propósito do último filme do cineasta - Fahrenheit 9/11 - onde Moore fala de ligações entre a familia Bush e Bin Laden. O artigo da BBC aqui.

quarta-feira, 13 de outubro de 2004

A segunda oportunidade

O gesto mais distante no meu passado de que me lembro com mais clareza é estar em frente ao gira-discos a passar, um a um, os vinis que havia lá por casa. Lembro-me de muitos. Leonard Cohen, Lionel Richie, Europe, Queen, Credance Clearwater Revival, Duran Duran, Paul McCartney e outros. Depois fui crescendo.
Foi mais tarde que um cd mudou a forma da música estar na minha vida. Recordo-me perfeitamente do dia em que o meu primo chegou a casa com o Dookie, dos Green Day. A capa, o ritmo acelerado, a energia, a rebeldia, tudo naquele disco me parecia perfeito demais. Ouvi-o vezes sem conta e foram eles que me fizeram começar a procurar incessantemente música para ter e ouvir. Até ali ela ia chegando até mim de forma quase inconsciente. Não me lembro de até então ter pedido sequer um cd como presente. Depois do Dookie tudo mudou. Cravar cassetes, uns poucos cds e gravar, gravar, gravar. Pedir ao motorista do autocarro para pôr a minha cassete a tocar. Gastar todas as conversas sobre aquela banda nova que parecia ser sempre a melhor do mundo.
Depois do Dookie não me passou pelas mãos mais nenhum cd dos Green Day e não sei exactamente porquê. Pode ter sido por mera falta de possibilidade mas, sinceramente, acho que foi falta de interesse. Sabem como é, conhecem-se outras coisas e os Green Day deixam de ser prioridade. Nunca mais ouvi nada da banda - exceptuando claro os single que iam passando - até há uns dias atrás.
Ouvi o American Idiot simplesmente por tudo aquilo que os Green Day me fizeram conhecer. Uma espécie de segunda oportunidade aos meus heróis punk na adolescência. O resultado é fácil de adivinhar: já não é a mesma coisa. O máximo que conseguiu foi arrancar uns sorrisos em raríssimos momentos de deja vu. Mas ouvir o álbum não é uma perda de tempo. Estão de facto mais ecléticos e há faixas do disco que valem a pena. Mas não é coisa para repetir muitas vezes.
A culpa não é minha, eles é que não souberam aproveitar a oportunidade.

sexta-feira, 8 de outubro de 2004

Combater o estereótipo


É um facto que muitas bandas, depois de um primeiro álbum de sucesso, acusam a pressão das expectativas e, na tentativa de fazer um segundo disco mais maduro - como reflexo da evolução -, acabam por produzir um som mais distante e sombrio. À partida tudo bem... mas e se não é isso que torna a sua música apelativa e contagiante?
Antics, o segundo dos nova-iorquinos Interpol, é um pouco assim. Não, não é uma desilusão. Longe disso! É antes o resultado de uma fuga (conseguida?) ao estigma Joy Division. O produto final não deixa de ser bom. Evil e Slow Hands são grandes canções no novo rumo dos Interpol. No disco cada faixa respira uma personalidade diferente e torna-se difícil encontrar um fio condutor que permita identificar Antics como um todo. Como pequenos fragmentos aleatórios de filmes distintos unidos numa mesma fita, as músicas do álbum só partilham, de facto, o espaço no mesmo cd.


quarta-feira, 6 de outubro de 2004

Bom Dia Pluto!


Chama-se Bom Dia e é o álbum de estreia dos Pluto. Dois anos depois do fim dos Ornatos Violeta, Manuel Cruz e Peixe estão de volta com um projecto muito aguardado. Com os ex-Ornatos tocam Eduardo, no baixo, e Ruka, na bateria. Mario Barreiros foi o responsável pela produção.O lançamento só está marcado para o dia 18 deste mês mas a Antena 3 já deu um cheirinho daquilo que está para vir. O Portugália não perdeu tempo e mal o disco chegou à redacção foi logo posto a rodar. Tudo o que foi dito confirma-se. É um som mais rock e mais directo do que aquele a que os Ornatos nos habituaram na sua - curta -carreira. Mas os Pluto não são os Ornatos Violeta! Creio que isto deve ficar bem entendido. As letras do Manel Cruz estão lá, está lá a sua voz como está também a guitarra enérgica do Peixe e, obviamente, a forma como ambos encaram a música. Mas é só! Basta ouvir o single "Só mais um começo" para perceber isso. E ainda bem que assim é. A primeira - e fugaz- audição não permite grandes comentários e tentar dizer mais seria correr o risco de ser injusto para com o primeiro trabalho da banda. Mas deixo o conselho: estejam atentos porque a coisa promete.

quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Quem quer uma guitarra do Thom Yorke?


O frontman dos Radiohead deu uma das suas guitarras para uma angariação de fundos para a Shelter, uma instituição de ajuda aos sem-abrigo. O leilão faz parte da Audioscope, um evento a realizar dia 2 de Outubro no Oxford Zodiac. O evento conta ainda com as actuações de Damo Suzuki, Oxes e The Telescopes.

quarta-feira, 29 de setembro de 2004

A tournée anti-Bush dos músicos americanos


Springsteen, R.E.M. e Pearl Jam, são só alguns dos nomes mais conhecidos da música americana que fazem parte da digressão que quer convecer os eleitores a não votar em George W. Bush. Os concertos acabam no dia 11 de Outubro em Washington, mas antes passam ainda por 36 cidades. As receitas angariadas na tournée Vote for Change serão doadas ao grupo America Coming Together, que partilha o mesmo objectivo: impedir que Bush não saia vitorioso no dia 2 de Novembro.

terça-feira, 28 de setembro de 2004

A notícia é curta, por isso trancrevo-a na íntegra.
Responsáveis editoriais dos media portugueses reconhecem serem alvo de pressões

Mais de 60% de chefes de redacção, editores, coordenadores e directores de órgãos de comunicação social portugueses reconhecem serem alvo de pressões de interesses de vária ordem. A conclusão consta de uma sondagem da empresa Central de Informação e do jornal "Meios e Publicidade".
No total, foram inquiridos 84 responsáveis editoriais. Entre eles, 65% também consideram que o aumento de sequestros, agressões e mortes de jornalistas em todo o mundo poderá funcionar como forma de repressão ou censura, intimidando os profissionais do sector.Estes foram os resultados de um primeiro inquérito que, a partir de agora, terá uma periodicidade mensal. Assim, todos os meses um painel fixo de 84 jornalistas com responsabilidades editoriais vai analisar vários temas relacionados com a comunicação social.

in www.jornaldigital.com

segunda-feira, 27 de setembro de 2004

Uma voz da soul

Produzido por uma (outra) lenda da soul Betty Wright e por Mike Mangini o novo álbum de Joss Stone dá a conhecer um lado novo da menina bonita da soul. A própria já considerou que este sim é o seu disco de estreia. De facto Mind, Body and Soul é o primeiro fruto da sua criatividade pessoal. Aqui Joss dá a sua fantástica voz mas também é parte activa na composição e escrita de todas as músicas. Mas não está sozinha. Beth Gibbon (Portishead), por exemplo, também aparece em Killing Time.

Poderoso, emocionante e intimista. Assim se poderá descrever um trabalho que é, a meu ver, um dos discos do ano. Mas não se pense que Mind, Body and Soul é só soul, não é. É pop e também R&B. You had me, Spoiled e Jet Lag mostram uma indisfarsável e saudável polivalência da senhora de 17 aninhos.
Virgin na corrida ao digital

A Virgin, do conhecidíssimo milionário Richard Branson, lançou nos Estados Unidos uma loja que vende música em formato digital. Cada música custa 99 cêntimos (dólares) e é ainda possível, por cerca de 8 dólares, subscrever um serviço mensal que possiblita o acesso a 100 000 álbuns on-line. Estão disponíveis mais de 1 milhão de faixas para download. A ideia de Branson é expandir a loja a outras partes do mundo mas não são adiantadas, para já, quaisquer datas.
Antes da Virgin já a Sony, Microsoft, RealNetworks e Coca-Cola tinham aberto espaços idênticos. Podem visitar a loja aqui.

domingo, 26 de setembro de 2004

O prometido é devido

Thom Yorke tinha apelado aos fãs para se unirem numa manifestação contra o programa americano de defesa espacial, a Guerra das Estrelas. Mas o líder dos Radiohead não se ficou pelo convite e esteve presente na base de Fylingdales, estrutura integrante do programa. Responsáveis pela organização da manifestação já confirmaram que muitas das pessoas presentes se deslocaram ao local devido ao convite de Thom Yorke.

sábado, 25 de setembro de 2004


O sonho americano dos irlandeses continua. Por muito que os britânicos critiquem os americanismos na linguagem e no espirito dos The Thrills a verdade é que Conor Deasy e companhia fizeram, de novo, um grande trabalho. Mas basta uma primeira audição para perceber que Lets Bottle Bohemia se demarca de So Much for The City. As melodias e as guitarras não ficam horas a repetirem-se na nossa cabeça e os temas parecem marcados por outra profundidade, ou maturidade se preferirem. Mas está tudo lá. Quem gostou do antecessor vai de certeza gostar de Lets Bottle Bohemia. Quando surgem as guitarras melancólicas ou aquele piano solitário é impossivel não ficar rendido. "Now for all the love in the world" é um bom exemplo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2004


Recomendo uma visita a este site. Não acrescenta nada ao que já existe pela web mas está em português.

quinta-feira, 23 de setembro de 2004


A BBC (sempre a BBC) propõe uma viagem pelo "Reykjavik Underground". Não é preciso estar muito atento para conhecer os grandes contributos da Islândia para o mundo da música. Björk, Sigur Rós, Gus Gus e Múm são só os mais conhecidos. Vale a pena dar uma espreitadela.

Este homem está no corredor da morte. Radhakrishnan foi condenado por ter assassinado um homem numa sala de audiências. Durante o cárcere escreveu o livro de poemas "Pearls from Prision" que agradou imenso a poetas e políticos da India. Tanto que lhe pode ser concedido o perdão. A caneta é melhor arma que a espada. Vejam mais aqui.

quarta-feira, 22 de setembro de 2004


"East Coast Road", I. Gouthaman
«[...] Todos, com a excepção dos novos, sabem qual é a política editorial. Quando interrogados, respondem que a aprendem "por osmose". Em termos sociológicos, isto significa que se socializam e aprendem as "regras" como um neófito numa subcultura. basicamente, a aprendizagem da política editorial é um processo através do qual o novato descobre e interioriza os direitos e as obrigações do seu estatuto, bem como as suas normas e valores. Aprende a antever aquilo que se espera dele, a fim de obter recompensas e evitar penalidades.»

«Deve-se respeito aos jornalistas mais velhos que tenham servido de modelos aos caloiros ou que tenham, de qualquer outro modo, prestado ajuda. Tais obrigações e sentimentos pessoais calorosos para com os superiores têm um papel estratégico no seu "aliciamento" para o conformismo.»

SÃO DUAS CITAÇÕES DO ESTUDO "CONTROLO SOCIAL NA REDACÇÃO: UMA ANÁLISE FUNCIONAL" DE WARREN BREED, ESCRITO EM 1955. MIL NOVECENTOS E CINQUENTA E CINCO?

terça-feira, 21 de setembro de 2004


CASABLANCA

Técnicos da televisão pública sueca encontraram as gravações de um concerto de Jimi Hendrix que se julgavam perdidas. São as memórias de um concerto de 1969 em Estocolmo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2004


Thom Yorke, vocalista (e não só) dos Radiohead, fez um apelo aos fãs para se juntarem em Fylingdales numa manifestação anti-Bush. Vejam mais detalhes aqui.

Edição comemorativa dos 10 anos desde o lançamento do álbum Grace, do grande Jeff Buckley. Todas as músicas re-masterizadas e muito mais. Um cd cheio de musicas até aqui nunca editadas e um DVD com videos e making-of do álbum. Podem comprar aqui.

Genocídio no Ruanda - 10 anos depois

O padre católico Athanase Seromba, acusado de ter participado no genocídio no Ruanda em 1994, não compareceu no Tribunal Penal Internacional para o Rwanda, onde é agora julgado. O padre é acusado de ser o responsável pelo massacre organizado de mais de 2000 Tutsis numa igreja no Ruanda. Em 100 dias mais de 800.000 ruandeses de etnia Tutsi foram brutalmente assassinados numa das mais terriveis "limpezas étnicas" de que há memória. Podem ver o artigo completo da BBc aqui.

sexta-feira, 17 de setembro de 2004

Vi isto no blog causa-nossa. Alberto João Jardim ameaça "expropriar" um jornal cujas linhas não lhe são favoráveis. Incrível!

quinta-feira, 16 de setembro de 2004

O célebre cartoonista do Guardian, Steve Bell, lançou um novo livro. Chama-se Apes of Wrath. A obra reúne muitos dos seus mais recentes trabalhos. Quem estiver interessado pode comprar o livro aqui.


Prisioneiros da Prisão de Abu Ghraib "descansam" as mãos no arame farpado enquanto vêem outros detidos serem libertados.
Vejam esta notícia da BBC. Parece que o Windows tem outra grande vulnerabilidade: virus que se escondem em imagens no conhecido formato jpeg.

segunda-feira, 5 de abril de 2004

Estive a ver o "21 grams" e fiquei impressionado. O mundo pode ser mesmo muito pequeno e as pessoas inconscientemente injustas. Parece que por vezes o melhor é ser hipócrita.
"Tender is the touch of someone that you love too much"

sábado, 27 de março de 2004

O início pode ser o mais trabalhoso, mas perto do fim, quando pensámos desistir, é a lembrança do que ele foi que nos obriga a continuar.