O gesto mais distante no meu passado de que me lembro com mais clareza é estar em frente ao gira-discos a passar, um a um, os vinis que havia lá por casa. Lembro-me de muitos. Leonard Cohen, Lionel Richie, Europe, Queen, Credance Clearwater Revival, Duran Duran, Paul McCartney e outros. Depois fui crescendo.
Foi mais tarde que um cd mudou a forma da música estar na minha vida. Recordo-me perfeitamente do dia em que o meu primo chegou a casa com o Dookie, dos Green Day. A capa, o ritmo acelerado, a energia, a rebeldia, tudo naquele disco me parecia perfeito demais. Ouvi-o vezes sem conta e foram eles que me fizeram começar a procurar incessantemente música para ter e ouvir. Até ali ela ia chegando até mim de forma quase inconsciente. Não me lembro de até então ter pedido sequer um cd como presente. Depois do Dookie tudo mudou. Cravar cassetes, uns poucos cds e gravar, gravar, gravar. Pedir ao motorista do autocarro para pôr a minha cassete a tocar. Gastar todas as conversas sobre aquela banda nova que parecia ser sempre a melhor do mundo.
Depois do Dookie não me passou pelas mãos mais nenhum cd dos Green Day e não sei exactamente porquê. Pode ter sido por mera falta de possibilidade mas, sinceramente, acho que foi falta de interesse. Sabem como é, conhecem-se outras coisas e os Green Day deixam de ser prioridade. Nunca mais ouvi nada da banda - exceptuando claro os single que iam passando - até há uns dias atrás.
Ouvi o American Idiot simplesmente por tudo aquilo que os Green Day me fizeram conhecer. Uma espécie de segunda oportunidade aos meus heróis punk na adolescência. O resultado é fácil de adivinhar: já não é a mesma coisa. O máximo que conseguiu foi arrancar uns sorrisos em raríssimos momentos de deja vu. Mas ouvir o álbum não é uma perda de tempo. Estão de facto mais ecléticos e há faixas do disco que valem a pena. Mas não é coisa para repetir muitas vezes.
A culpa não é minha, eles é que não souberam aproveitar a oportunidade.
Foi mais tarde que um cd mudou a forma da música estar na minha vida. Recordo-me perfeitamente do dia em que o meu primo chegou a casa com o Dookie, dos Green Day. A capa, o ritmo acelerado, a energia, a rebeldia, tudo naquele disco me parecia perfeito demais. Ouvi-o vezes sem conta e foram eles que me fizeram começar a procurar incessantemente música para ter e ouvir. Até ali ela ia chegando até mim de forma quase inconsciente. Não me lembro de até então ter pedido sequer um cd como presente. Depois do Dookie tudo mudou. Cravar cassetes, uns poucos cds e gravar, gravar, gravar. Pedir ao motorista do autocarro para pôr a minha cassete a tocar. Gastar todas as conversas sobre aquela banda nova que parecia ser sempre a melhor do mundo.
Depois do Dookie não me passou pelas mãos mais nenhum cd dos Green Day e não sei exactamente porquê. Pode ter sido por mera falta de possibilidade mas, sinceramente, acho que foi falta de interesse. Sabem como é, conhecem-se outras coisas e os Green Day deixam de ser prioridade. Nunca mais ouvi nada da banda - exceptuando claro os single que iam passando - até há uns dias atrás.
Ouvi o American Idiot simplesmente por tudo aquilo que os Green Day me fizeram conhecer. Uma espécie de segunda oportunidade aos meus heróis punk na adolescência. O resultado é fácil de adivinhar: já não é a mesma coisa. O máximo que conseguiu foi arrancar uns sorrisos em raríssimos momentos de deja vu. Mas ouvir o álbum não é uma perda de tempo. Estão de facto mais ecléticos e há faixas do disco que valem a pena. Mas não é coisa para repetir muitas vezes.
A culpa não é minha, eles é que não souberam aproveitar a oportunidade.
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