No sítio onde Antony nos leva não se entra de nenhuma outra forma. Lá a atmosfera não se assemelha a nada que se conheça e a singularidade da sua voz é o ar que dá vida a tudo o resto. Fala-se de amor, de dor e de perda mas não se fica por aqui. I Am a Bird Now é um trabalho intimista que funciona quase como uma afirmação da existência andrógina de Antony, um discorrer de episódios em torno da fluidez do género humano.
Começa na solidão, ou no medo de a encontrar, com o lindíssimo (como a palavra soa tão incapaz!) “Hope there´s someone” para acabar em “Bird Gurl” onde Antony ganha asas e rasga o céu em deslumbramento. Pelo meio raramente está sozinho. No início de “Spiralling” tem Devendra Banhart, em “What can I do” a voz inconfundível de Rufus Wainright, Lou Reed abre “Fistful of love” e, na mais surpreendente das participações, um dueto com Boy George chamado “You are my sister”. Um piano, algumas cordas, uma flauta e a voz, a de Antony, o coração em chamas que arde no escuro.
Começa na solidão, ou no medo de a encontrar, com o lindíssimo (como a palavra soa tão incapaz!) “Hope there´s someone” para acabar em “Bird Gurl” onde Antony ganha asas e rasga o céu em deslumbramento. Pelo meio raramente está sozinho. No início de “Spiralling” tem Devendra Banhart, em “What can I do” a voz inconfundível de Rufus Wainright, Lou Reed abre “Fistful of love” e, na mais surpreendente das participações, um dueto com Boy George chamado “You are my sister”. Um piano, algumas cordas, uma flauta e a voz, a de Antony, o coração em chamas que arde no escuro.
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